terça-feira, 30 de abril de 2024

Reflexão sobre UC2 - Tema 2

Reflexão sobre UC2 - Tema 2


As redes sociais já são parte do nosso dia a dia, e agora, estão a "invadir" o mundo da educação, trazendo consigo uma mala cheia de possibilidades e alguns desafios que não podemos ignorar. Imagine só: salas de aula sem paredes, onde o conhecimento não só transborda das fronteiras físicas, mas também pulsa através de conexões digitais que unem estudantes de todo o mundo.

Estamos a falar de uma geração que não conheceu o mundo sem internet - os chamados "nativos digitais". Marc Prensky, já em 2001, nos alertou sobre estes jovens que respiram tecnologia e se comunicam fluentemente na língua dos computadores e da internet. Mais do que qualquer geração anterior, eles querem aprender de maneira prática e envolvente, alinhando seus estudos com suas paixões pessoais, como sublinhado por Prensky mais tarde, em 2010.

E aqui entram as redes sociais, com o seu poder de transformar o educacional. Elas estendem os braços da educação para além das tradicionais aulas expositivas, permitindo uma aprendizagem colaborativa e interativa. Blogs, fóruns, wikis e plataformas como Facebook e Instagram tornam-se ferramentas pedagógicas que facilitam a troca de ideias e materiais em múltiplos formatos - vídeos, podcasts, textos e mais. Tudo isso não só enriquece o conhecimento como também prepara os alunos com habilidades vitais para o mercado de trabalho do século XXI, como a colaboração e a comunicação multicanal.

Mas nem tudo são flores. O uso das redes sociais na educação traz desafios significativos, como a segurança online e a necessidade de ensinar os jovens a navegar por estes espaços digitais com responsabilidade. Ameaças como o cyberbullying e a exposição a conteúdo inapropriado são realidades que os educadores precisam combater, fortalecendo a formação em competências digitais, conforme orienta o referencial DigCompEdu.

Ademais, críticos apontam para o risco das redes sociais isolarem os alunos em bolhas sociais, onde a exposição a pontos de vista contrários é limitada. Isto pode criar uma espécie de "ciber utopia", descolada da realidade complexa e multifacetada do mundo fora da internet. Por isso, é crucial encorajar um pensamento crítico afiado nos alunos, que os habilite a discernir entre o que é informação confiável e o que é manipulação digital, uma habilidade mais necessária hoje do que nunca.

Em resumo, as redes sociais na educação são uma faca de dois gumes. Por um lado, oferecem uma expansão sem precedentes das possibilidades de ensino e aprendizagem, promovendo a interatividade e a colaboração. Por outro, exigem um olhar atento e uma ação decisiva para garantir que seu uso seja seguro e construtivo. Cabe aos educadores, então, navegar por este novo território com sabedoria e criatividade, garantindo que a educação se mantenha relevante e eficaz na era digital.

Fonte: https://elearning.uab.pt/mod/page/view.php?id=1040415

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