Resumo sobre o artigo "Didática da História no Ensino Superior enriquecida com tecnologias audiovisuais e o seu impacto na promoção do autoconceito de competência"
O artigo "Didática da História no Ensino Superior enriquecida com tecnologias audiovisuais e o seu impacto na promoção do autoconceito de competência" explora a importância de adaptar os métodos de ensino e aprendizagem às mudanças sociais contemporâneas, particularmente na era da digitalização crescente. Destaca-se a integração de tecnologias audiovisuais, como o cinema, no ensino superior como uma estratégia eficaz para revitalizar e enriquecer a experiência educacional. O foco do estudo é avaliar como a criação de cenários pedagógicos que incorporam o cinema pode influenciar a percepção de competência em vinte estudantes universitários.
Repensar a Educação no Século XXI
Reconhece-se a imperiosa necessidade de adaptar a educação às novas realidades digitais, enfatizando o desenvolvimento de competências essenciais para o século XXI. Estas competências vão além da simples aquisição de conhecimento, englobando a capacidade dos estudantes de lidar com problemas complexos e mudanças contínuas.
A transição necessária nos processos educativos aponta para uma mudança dos métodos tradicionais para abordagens que valorizam a interatividade, a colaboração e o uso estratégico de tecnologias digitais. Esse ajuste representa desafios significativos para as instituições educacionais e para os educadores, que precisam equilibrar a transmissão de conhecimento com o fomento de habilidades críticas e adaptativas.
Cinema no Ensino Superior
A adoção do cinema como recurso pedagógico é apresentada como uma maneira de enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, não apenas promovendo a aquisição de conhecimento, mas também o desenvolvimento de competências críticas, sociais e criativas.
A utilização do cinema desafia a postura passiva frequentemente vinculada ao consumo de conteúdo audiovisual, propiciando uma experiência educacional mais interativa. Isso implica uma mudança no papel dos professores, que devem atuar como facilitadores, orientando os alunos na análise crítica dos conteúdos cinematográficos e incentivando uma participação mais ativa e reflexiva.
Impacto no Autoconceito de Competência
Os resultados do estudo demonstram um impacto positivo na percepção de competência dos alunos, englobando as dimensões cognitiva, social e criativa. A estratégia pedagógica adotada, baseada na análise e discussão de filmes, estimulou uma aprendizagem significativa e o desenvolvimento de habilidades fundamentais.
O efeito benéfico no autoconceito de competência dos alunos sugere que abordagens pedagógicas que integram tecnologias audiovisuais, como o cinema, podem complementar eficazmente os métodos tradicionais de ensino, criando um ambiente de aprendizagem mais rico e dinâmico. Isso ressalta a importância de explorar e integrar recursos audiovisuais na educação, não só como ferramentas auxiliares, mas como elementos centrais na criação de experiências educacionais mais cativantes e eficientes.
Em suma, o estudo sublinha a relevância de abordagens pedagógicas inovadoras que utilizem tecnologias audiovisuais para enriquecer a experiência educacional no Ensino Superior. Promovendo o desenvolvimento de competências críticas, sociais e criativas, estas abordagens estão alinhadas com as necessidades e desafios do século XXI, preparando os estudantes para enfrentar um mundo em constante transformação com maior confiança e competência.
Escala de Autoconceito de Competência
Mencionada no artigo é um instrumento de avaliação projetado para medir a percepção dos estudantes sobre suas próprias competências em várias dimensões. Esta escala é dividida em três principais dimensões: Cognitiva, Social e Criatividade, cada uma abordando diferentes aspectos da competência percebida dos estudantes. Vamos explorar cada uma destas dimensões:
Dimensão Cognitiva
Esta dimensão foca na percepção de competência em habilidades relacionadas ao processamento de informação, resolução de problemas e aplicação de conhecimento em situações práticas. Inclui sub-dimensões como:
- Resolução de Problemas: Avalia a auto-percepção dos estudantes em enfrentar desafios cognitivos, aplicando conhecimentos em práticas situacionais.
- Sofisticação para Aprender: Mede o envolvimento e a motivação dos estudantes em seu próprio processo de aprendizagem, refletindo sobre a abordagem ativa e interessada no estudo.
- Prudência na Aprendizagem: Enfatiza a precisão, o cuidado e a profundidade com que os estudantes abordam o aprendizado, valorizando a qualidade e o detalhe no processo educativo.
Dimensão Social
Esta dimensão avalia a competência em interações sociais e colaborativas, cruciais para o trabalho em equipe e a vida comunitária. Inclui sub-dimensões como:
- Cooperação Social: Avalia como os estudantes se percebem capazes de colaborar construtivamente com outros.
- Assertividade Social: Mede a habilidade dos estudantes em expressar-se, compartilhar opiniões e iniciar ações em contextos sociais, refletindo competências de comunicação e liderança.
Dimensão Criatividade
Esta dimensão mede a percepção de competência relacionada à capacidade de inovar e pensar originalmente, essencial para a resolução criativa de problemas e geração de novas ideias. Inclui sub-dimensões como:
- Pensamento Divergente: Avalia a habilidade dos estudantes em explorar múltiplas soluções possíveis para problemas, demonstrando flexibilidade e originalidade no pensamento.
A "Escala de Autoconceito de Competência" é uma ferramenta abrangente que permite avaliar como os estudantes percebem suas próprias habilidades e competências em áreas-chave para seu desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional. Focando nessas três dimensões, a escala fornece insights valiosos sobre os aspectos da auto-percepção dos estudantes que podem ser impactados por intervenções pedagógicas, como o uso de tecnologias audiovisuais e métodos de ensino ativos e colaborativos.
Fonte: http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.76122
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