quarta-feira, 26 de junho de 2024

Resumo - Modelo Pedagógico Virtual - Avaliação e Feedback. Desafios Atuais


Resumo - Modelo Pedagógico Virtual - Avaliação e Feedback. Desafios Atuais



O documento "Modelo Pedagógico Virtual - Avaliação e Feedback. Desafios Atuais" oferece uma visão abrangente e crítica sobre os desafios e oportunidades presentes na avaliação e no feedback em contextos educacionais contemporâneos, especialmente com a integração de tecnologias digitais. Os principais temas abordados são: novos cenários de avaliação, o modelo PrACT e a elaboração de planos de avaliação.


1. Novos Cenários de Avaliação

Complexidade e Transformação da Avaliação

A avaliação no ensino superior tem evoluído de uma prática de mera medição de conhecimentos para uma abordagem mais holística, integrando o processo de aprendizagem. Este movimento é impulsionado pela necessidade de alinhar a avaliação com as demandas reais do mercado de trabalho, onde as competências práticas são valorizadas sobre o conhecimento teórico isolado. Este novo paradigma é essencial para formar profissionais capazes de enfrentar desafios complexos e resolver problemas de maneira eficaz.


Cultura de Avaliação vs Cultura de Teste

O documento contrasta duas abordagens de avaliação: a tradicional, centrada na classificação e certificação (cultura do teste), e a emergente, focada na avaliação formativa e integrativa (cultura da avaliação). A cultura de avaliação valoriza a aprendizagem contínua, a reflexão e a aplicação prática dos conhecimentos em contextos reais. Esta transição é vital para promover uma aprendizagem significativa e duradoura, onde o estudante é ativo na construção do seu conhecimento.


2. Avaliação Sustentável: O Modelo PrACT

Dimensões do Modelo PrACT

O modelo PrACT é estruturado em quatro dimensões fundamentais: Praticabilidade, Autenticidade, Consistência e Transparência, cada uma com critérios específicos que visam assegurar uma avaliação eficaz e relevante.

  • Praticabilidade: Foca-se na exequibilidade da avaliação, considerando o custo-benefício e a gestão eficiente do tempo e recursos.
  • Autenticidade: Visa garantir que as tarefas de avaliação sejam representativas do mundo real e profissional, proporcionando uma experiência de aprendizagem significativa.
  • Consistência: Assegura a validade e a fiabilidade da avaliação através de métodos variados e contextos diversos, garantindo a coerência entre as competências a desenvolver e as estratégias de avaliação utilizadas.
  • Transparência: Promove a clareza e a compreensão dos processos de avaliação entre todos os participantes, encorajando a participação ativa dos alunos na definição dos critérios e metas de aprendizagem.

Importância das Tarefas Autênticas

Uma das principais contribuições do modelo PrACT é a ênfase nas tarefas autênticas, que simulam cenários e problemas reais que os estudantes encontrarão em suas carreiras profissionais. Este enfoque não apenas reforça a aprendizagem contextualizada, mas também desenvolve competências transversais essenciais, como pensamento crítico e resolução de problemas.


3. Desenhar um Plano de Avaliação

Estruturação de Planos de Avaliação

O documento apresenta um framework detalhado para a elaboração de planos de avaliação, destacando a importância de definir claramente as competências a serem desenvolvidas, os métodos de avaliação e os critérios de qualidade. Este quadro é crucial para orientar tanto professores quanto alunos, proporcionando um caminho claro para alcançar os objetivos de aprendizagem.


Participação dos Alunos

Um aspecto inovador destacado é a corresponsabilização dos alunos no processo de avaliação, incluindo práticas de autoavaliação e avaliação por pares. Este envolvimento não só promove a autorregulação da aprendizagem, mas também desenvolve competências metacognitivas, essenciais para a aprendizagem ao longo da vida.



Reflexões Finais

A integração de tecnologias digitais e novas abordagens pedagógicas na avaliação educacional apresenta um campo fértil para inovação e melhoria contínua. O documento "Modelo Pedagógico Virtual - Avaliação e Feedback. Desafios Atuais" oferece uma base sólida e teoricamente fundamentada para repensar as práticas avaliativas, alinhando-as com as demandas contemporâneas de formação profissional e cidadania ativa.

Investir em uma cultura de avaliação que valorize a aprendizagem contínua, o feedback formativo e a participação ativa dos alunos é fundamental para preparar indivíduos capazes de enfrentar os desafios complexos do mundo moderno. Esta abordagem não só eleva a qualidade do ensino, mas também promove um desenvolvimento mais integral e significativo dos alunos, preparando-os de maneira mais eficaz para suas futuras carreiras e contribuições à sociedade.



Fonte:
  • Amante, L., & Oliveira, I. (2019). Modelo Pedagógico Virtual - Avaliação e Feedback. Desafios Atuais. Universidade Aberta.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Resumo - Práticas de avaliação formativa em contextos de aprendizagem e ensino a distância

Resumo - Práticas de avaliação formativa em contextos de aprendizagem e ensino a distância



Introdução

O documento "Práticas de Avaliação Formativa em Contextos de Aprendizagem e Ensino a Distância" aborda de forma detalhada as estratégias, desafios e oportunidades que surgem com a implementação da avaliação formativa em ambientes digitais. Elaborado no contexto do Projeto MAIA, este texto de apoio não só reconhece a complexidade e as dificuldades inerentes à avaliação formativa a distância, como também propõe soluções viáveis e práticas para superar essas barreiras, promovendo uma educação mais inclusiva e eficaz.


Avaliação Formativa a Distância: Os Mesmos Fins com Diferentes Meios

A avaliação formativa, tradicionalmente aplicada em contextos presenciais, deve ser adaptada para os ambientes de aprendizagem à distância. Embora os objetivos permaneçam os mesmos – promover a aprendizagem e o desenvolvimento de competências – os meios utilizados precisam ser ajustados para garantir a eficácia no novo contexto digital. Esta adaptação exige uma combinação inteligente de recursos tecnológicos e pedagógicos que não só sustentam, mas também potencializam a avaliação formativa.

Condições Prévias para o Sucesso

Para que a avaliação formativa à distância seja eficaz, é necessário garantir algumas condições prévias fundamentais:

  1. Plataforma Online de Aprendizagem: A existência de um Sistema de Gestão de Aprendizagem (SGA) robusto, que suporte as interações necessárias entre alunos, professores e encarregados de educação.
  2. Equipa de Suporte: Um suporte técnico e pedagógico eficiente é crucial para auxiliar na utilização das ferramentas e procedimentos necessários.
  3. Procedimentos de Comprovação de Identidade: Garantir a autenticidade das participações dos alunos é essencial para manter a integridade do processo avaliativo.
  4. Acessibilidade e Inclusão: Alternativas devem ser previstas para situações onde o acesso aos recursos digitais seja limitado, assegurando a inclusão de todos os alunos.

Práticas de Avaliação Formativa em Regime a Distância

O documento destaca quatro aspetos cruciais para a implementação eficaz da avaliação formativa a distância:

  1. Promover o Diálogo e o Questionamento:  O diálogo e o questionamento são fundamentais para a avaliação formativa. Em ambientes digitais, essas práticas podem ser facilitadas através de fóruns, chats e videoconferências. Ferramentas como fóruns permitem discussões assíncronas, onde alunos e professores podem trocar ideias e feedback de forma estruturada. Os chats, por sua vez, oferecem uma interação síncrona que pode ser extremamente útil durante atividades ao vivo. As videoconferências permitem uma interação rica, combinando áudio e vídeo, essencial para um feedback detalhado e imediato.
  2. Usar Critérios de Avaliação:  A avaliação formativa deve ser parametrizada, isto é, baseada em critérios claros e partilhados com os alunos. A utilização de rubricas de avaliação é particularmente útil, pois oferece uma estrutura clara e objetiva para a avaliação das tarefas e desempenhos dos alunos. Ferramentas digitais podem ajudar na criação e aplicação dessas rubricas, garantindo que os critérios sejam compreendidos e aplicados de forma consistente.
  3. Distribuir Feedback:  O feedback é uma componente essencial da avaliação formativa, e deve ser regular, contínuo e integrado nas atividades de aprendizagem. Ferramentas digitais como videoconferências, vídeos gravados, chats e rubricas integradas em SGAs são extremamente eficazes para fornecer feedback detalhado e personalizado, ajudando os alunos a compreenderem melhor o seu desempenho e as áreas onde podem melhorar.
  4. Diversificar os Processos de Recolha de Informação:  A diversidade nos métodos de recolha de informação é crucial para uma avaliação justa e inclusiva. Ferramentas como questionários online, plataformas de criação de páginas web, vídeos e fotografias oferecem múltiplas formas de avaliar as competências dos alunos, garantindo que diferentes estilos de aprendizagem sejam contemplados. A utilização destas ferramentas permite uma avaliação mais holística e abrangente, adaptada às necessidades individuais dos alunos.

Conclusão

A implementação da avaliação formativa em contextos de aprendizagem à distância apresenta desafios significativos, mas também oferece oportunidades únicas para inovar e melhorar a prática educativa. A utilização inteligente de ferramentas digitais pode transformar a avaliação formativa, tornando-a mais inclusiva, dinâmica e eficaz. O documento do Projeto MAIA fornece uma base sólida e prática para que professores possam implementar estas práticas de forma bem-sucedida, promovendo uma aprendizagem mais profunda e significativa.


Opinião Pessoal

A transição para a avaliação digital é inevitável e necessária no contexto atual. A pandemia acelerou um processo que já estava em curso, destacando a importância de uma educação adaptável e resiliente. A avaliação formativa digital, quando bem implementada, pode não só melhorar a qualidade da educação, mas também preparar os alunos para um mundo cada vez mais digital e interconectado. As instituições educacionais devem investir em formação contínua para os professores e na infraestrutura tecnológica necessária para apoiar estas práticas. A inovação na educação é não apenas uma resposta à crise, mas uma oportunidade para construir um futuro melhor.


Fonte:
  • Machado, E. A. (2019). Feedback. Texto de apoio à formação - Projeto MAIA. Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e Direção Geral de Educação do Ministério da Educação.
  • Fernandes, D. (2019). Avaliação formativa. Folha de apoio à formação - Projeto MAIA. Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e Direção Geral de Educação do Ministério da Educação.
  • OCDE (2020). Education responses to covid-19: Embracing digital learning and online collaboration.


















Resumo - Práticas de Avaliação Digital UAb

Resumo - Práticas de Avaliação Digital UAb


Avaliação Digital: Desafios e Oportunidades em Tempos de Pandemia

O documento "Práticas de Avaliação Digital" da Universidade Aberta sublinha a importância da transição das práticas tradicionais de avaliação para métodos digitais, especialmente no contexto imposto pela pandemia de COVID-19. Com o ensino deslocado para ambientes digitais, surge a necessidade de adaptar e inovar as estratégias de avaliação para garantir a eficácia e relevância no processo de aprendizagem.

1. Transição para a Avaliação Digital

A mudança das práticas de avaliação tradicionais para métodos digitais é um passo crucial na educação contemporânea. A avaliação tradicional, focada na "medição" do conhecimento através de testes escritos, mostrou-se limitada e insuficiente. A transição para a avaliação digital permite um foco mais centrado no aluno, promovendo o desenvolvimento de competências essenciais para o século XXI.

2. Avaliação Formativa e Somativa no Contexto Digital

A avaliação formativa tem ganho destaque, pois integra-se no processo contínuo de aprendizagem, permitindo aos alunos monitorizar seu progresso e desenvolver competências de forma mais eficaz. No contexto digital, a avaliação sumativa pode ser realizada através de Sistemas de Avaliação Remota (SAR), facilitando a mensuração da aprendizagem em pontos finais específicos.

3. Ferramentas e Tecnologias para a Avaliação Digital

Diversas ferramentas e tecnologias são essenciais na avaliação digital:
  • E-portfólios: Estes permitem aos estudantes compilar e refletir sobre seu trabalho ao longo do tempo, promovendo a auto-reflexão e a aprendizagem contínua.
  • Blogues: Facilitam a reflexão contínua e o feedback interativo, criando um espaço para a expressão pessoal e o desenvolvimento profissional.
  • Mapas Conceituais: Ajudam na visualização e organização do conhecimento, promovendo uma compreensão mais profunda dos conteúdos.

4. Princípios de Avaliação Digital para a Aprendizagem

A avaliação digital deve seguir alguns princípios fundamentais para ser eficaz:

  • Clareza nos Objetivos e Critérios: É crucial que os alunos compreendam claramente o que se espera deles, facilitando uma orientação precisa e focada na aprendizagem.
  • Feedback Constante: Oferecer feedback de qualidade é essencial para guiar e melhorar o desempenho dos estudantes, promovendo uma aprendizagem contínua.
  • Autoavaliação e Autorregulação: Capacitar os alunos para autoavaliar o seu progresso e ajustar suas estratégias de aprendizagem é fundamental para o sucesso no ambiente digital.

 5. Desafios e Oportunidades na Avaliação Digital

Os métodos tradicionais de avaliação revelaram-se inadequados no ambiente digital, necessitando de novas abordagens que possam medir efetivamente o desenvolvimento dos estudantes. A cultura de avaliação deve ser integrada ao processo de ensino e aprendizagem, destacando a importância de uma avaliação autêntica, colaborativa e baseada em competências.


6. A Cultura de Avaliação no Contexto Digital

A avaliação digital deve:

  • Integrar Avaliação com Ensino e Aprendizagem: Tornar a avaliação uma parte integrante do processo de aprendizagem.
  • Promover a Participação do Aluno: Envolver os alunos no desenvolvimento de suas próprias avaliações através de diálogo e feedback contínuo.
  • Utilizar Tarefas de Avaliação Relevantes: Conectar as tarefas de avaliação com situações reais e desafios cognitivos, tornando a aprendizagem mais significativa e aplicável.

Opinião Pessoal

A análise do documento revela que a educação digital oferece uma oportunidade única para reimaginar e melhorar as práticas de avaliação. As tecnologias digitais proporcionam ferramentas que podem tornar a avaliação mais inclusiva, personalizada e eficaz. No entanto, a implementação bem-sucedida dessas práticas exige planeamento cuidadoso, formação adequada para os docentes, nomeadamente em métodos pedagógicos, e um compromisso com a melhoria contínua da qualidade educacional.


Conclusão

A transição para a avaliação digital representa um desafio significativo, mas também uma grande oportunidade para inovar na educação. Adotar práticas de avaliação mais centradas no aluno e integradas ao processo de ensino, com o uso eficaz das tecnologias digitais, pode levar a uma educação mais eficaz e significativa. O documento da Universidade Aberta fornece uma base sólida para compreender e implementar essas mudanças, destacando a avaliação como um processo contínuo e integrado de aprendizagem.


Fonte:
  • Amante, L., Oliveira, I., & Pereira, A. (2017). Cultura de avaliação e contextos digitais de aprendizagem: o Modelo PrACT. Revista Docência e Cibercultura, 1(1), 135-150.
  • Moreira, J. A., Henriques, S., & Barros, D. (2020). Transitando de um ensino remoto emergencial para uma educação digital em rede, em tempos de pandemia. Dialogia, 34, 351-364. DOI: 10.5585/Dialogia.N34.17123.



segunda-feira, 24 de junho de 2024

Análise e POSTS Relevantes - UC5 - T1

 Análise e POSTS Relevantes - UC5 - T1


Refletindo sobre os temas que abordei na “Sala de Aula Virtual 1: Avaliação Digital”, sinto que tocamos em questões cruciais que moldam a prática educativa atual. A minha abordagem, focada na avaliação formativa e sumativa, a importância do feedback na avaliação digital, a necessidade de uma maior inovação e flexibilidade no ensino, e a utilização de rubricas, é fruto de um olhar atento sobre os desafios e oportunidades que se apresentam na educação contemporânea. Acrescento também a importância do “poder do olhar” do professor como uma forma subtil e poderosa de feedback, e as minhas referências às atividades autênticas e sua avaliação, que considero essenciais para uma aprendizagem significativa.

Avaliação Formativa vs. Avaliação Sumativa

Ao longo do meu percurso na área da educação, sempre percebi a avaliação como um elemento fundamental para a aprendizagem, e é aqui que entra a distinção entre avaliação formativa e sumativa. A avaliação formativa é, sem dúvida, uma ferramenta vital que nos permite acompanhar o progresso dos alunos e fornecer-lhes um feedback contínuo. Este tipo de avaliação, ao ser integrado no processo de ensino, ajuda os alunos a perceberem os seus pontos fortes e áreas que necessitam de melhoria, promovendo assim uma aprendizagem ativa e contínua. Daí ter usado o termos "termometro", como analogia à monitorização do processo de aprendizagem.

Em contrapartida, a avaliação sumativa oferece uma visão mais global e conclusiva do desempenho dos alunos em momentos específicos. Esta forma de avaliação, frequentemente utilizada para atribuição de notas e certificação de competências, serve como uma medida do que os alunos conseguiram aprender ao longo de um período de ensino, à qual fiz a comparação a uma "balança", pois "pesa" a aprendizagem assimilada.

Na minha opinião, a integração harmoniosa, a sua complementariedade, entre avaliação formativa e sumativa é essencial. A avaliação formativa prepara os alunos para a avaliação sumativa, não só ajudando-os a desenvolver as competências necessárias, mas também a ganhar confiança no seu conhecimento e capacidades. Esta abordagem mista oferece uma visão mais completa e equilibrada do progresso educacional dos alunos.


A Importância do Feedback na Avaliação Digital

O feedback, especialmente no contexto digital, é um tema que considero de extrema relevância. A transição para a educação digital trouxe consigo um vasto universo de informações e a necessidade de adaptação a novas tecnologias. Neste cenário, o feedback assume um papel ainda mais crucial. É através dele que os alunos conseguem perceber o seu desempenho de forma clara e objetiva, sendo guiados de forma eficaz no seu processo de aprendizagem. 

O feedup entra em ação como forma de reorientação dos alunos, ao relembrar quais os objetivos a atingir durante o processo de aprendizagem.

Defendo que o feedback deve ser positivo e construtivo, focando-se não apenas em apontar erros, mas em oferecer caminhos para a melhoria. O conceito de "feedforward" também é algo que considero fundamental, pois permite orientar os alunos para o futuro, mostrando-lhes como podem melhorar em atividades e desafios subsequentes. Este tipo de abordagem não só reforça o aprendizado, como também motiva os alunos a continuar a investir no seu desenvolvimento.

Todos este tipos de feedback se complementam entre si, como instrumentos potenciadores e orientadores da aprendizagem dos alunos.

Além disso, na era digital, o feedback não se limita apenas às palavras ou aos sistemas de avaliação formalizados. Acredito firmemente no “poder do olhar” do professor como uma forma de feedback. O olhar atento e encorajador de um professor pode transmitir segurança, aprovação ou necessidade de correção de uma maneira que as palavras, muitas vezes, não conseguem. Este tipo de feedback visual é especialmente valioso em ambientes presenciais, onde a interação direta é possível, mas não deve ser subestimado mesmo em contextos digitais onde videoconferências permitem um certo nível de conexão pessoal.


Desafios e Oportunidades na Avaliação Digital

A avaliação digital traz consigo uma série de desafios, como a garantia de equidade no acesso a tecnologias e a manutenção da integridade das avaliações. Contudo, as oportunidades são vastas e transformadoras. A avaliação digital permite uma personalização sem precedentes do ensino, utilizando ferramentas que engajam os alunos de formas inovadoras e possibilitando uma monitorização contínua do progresso dos estudantes.

Na minha visão, a chave está em utilizar essas ferramentas de forma a complementar, potenciar, as práticas de avaliação tradicionais, criando um ambiente de aprendizagem mais flexível e adaptável às necessidades individuais de cada aluno.


Inovação no Ensino e a Necessidade de Flexibilidade

A inovação no ensino é um tema pelo qual tenho grande interesse, especialmente no que diz respeito à integração de metodologias que tornem o ensino mais relevante e conectado com o mundo real. A adoção de práticas como o ensino dual e a Formação em Contexto de Trabalho (FCT) é crucial para preparar os alunos para o mercado de trabalho, proporcionando-lhes não apenas conhecimentos teóricos, mas também competências práticas que são fundamentais no contexto profissional.

Acredito que a inovação no ensino não deve ser vista apenas como a introdução de novas tecnologias ou métodos, mas sim como uma atitude de flexibilidade e adaptação às necessidades dos alunos. O ensino deve ser um espaço de experimentação e desenvolvimento, onde os alunos possam explorar diferentes caminhos e encontrar aquilo que realmente os motiva e interessa.  É um caminho a percorrer no qual se descobre vocações !!!


Uso de Rubricas: Resistência e Reconhecimento do Potencial

Inicialmente, confesso que resisti ao uso de rubricas na avaliação. A minha hesitação prendia-se com a percepção de que as rubricas poderiam impor uma estrutura rígida que limitaria a minha capacidade de adaptar a avaliação às necessidades individuais dos alunos. Temia que essa rigidez pudesse comprometer a flexibilidade necessária para abordar as particularidades de cada estudante.

No entanto, ao longo da discussão com os colegas, comecei a reconhecer o potencial das rubricas como ferramentas de avaliação eficazes. As rubricas proporcionam critérios claros e objetivos para avaliar o desempenho dos alunos, o que facilita a transparência no processo de avaliação e ajuda os alunos a entender exatamente o que é esperado deles e como podem melhorar. Com isso, consegui perceber que as rubricas não são obstáculos à flexibilidade, mas sim estruturas que, quando bem utilizadas, podem enriquecer o processo avaliativo e promover uma aprendizagem mais focada e direcionada.


Atividades Autênticas e Sua Avaliação

Um ponto que considero crucial na prática educativa é a realização de atividades autênticas e a sua avaliação. Atividades autênticas são aquelas que simulam ou refletem situações reais do mundo profissional ou quotidiano, permitindo aos alunos aplicar conhecimentos e competências de forma prática e relevante. Defendo, piamente, que essas atividades são fundamentais para proporcionar uma aprendizagem significativa e contextualizada.

Avaliar atividades autênticas requer um olhar cuidadoso e criterioso, que valorize não apenas o resultado final, mas também o processo e as competências desenvolvidas ao longo do caminho. É aqui que vejo uma interseção importante com o uso de rubricas, pois elas oferecem um quadro claro para a avaliação de múltiplos aspetos das atividades, desde a compreensão teórica até à aplicação prática e ao desenvolvimento de competências transversais.


Conclusão

Refletindo sobre os temas abordados, considero que a educação está num momento decisivo, onde a integração de práticas de avaliação formativa e sumativa, o uso estratégico do feedback, a implementação de rubricas, a valorização das atividades autênticas e a inovação constante são elementos essenciais para o sucesso. Acredito firmemente que a educação deve ser um processo contínuo de descoberta e desenvolvimento, onde cada aluno tenha a oportunidade de alcançar o seu máximo potencial, a sua vocação. A minha abordagem tem sido sempre a de procurar novas formas de ensinar e avaliar, de modo a responder aos desafios de uma sociedade em constante evolução e de preparar os alunos não só para o presente, mas para o futuro.


POSTS Relevantes



Em resposta a 'Primeiro tópico'

Re: Sala de Aula Virtual 1: Avaliação Digital

por Pedro Augusto - 

Bom dia a tod@s,

Segue-se um resumo muito sintético sobre o desafio lançado, onde os tipos de avaliação junto com estratégias de feedback "moldam" os nossos alunos !


Características da Avaliação Formativa e Sumativa e suas Intencionalidades Pedagógicas


Avaliação Formativa

A avaliação formativa é como um “termómetro” que usamos para medir o progresso dos alunos durante o processo de aprendizagem. Foca-se mais em orientar e ajustar, oferecendo feedback contínuo que ajuda os alunos a corrigirem o curso da aprendizagem, melhorando e aprimorando suas competências enquanto avançam. É como aquele amigo que está sempre ao lado, dizendo onde é possível melhorar, o que está a correr bem e onde estão as oportunidades de crescimento.


Avaliação Sumativa

Já a avaliação sumativa é a prova final, a “balança” que pesa o conhecimento acumulado ao longo do tempo. Aparece no final de uma unidade/tema para verificar o que os alunos aprenderam, classificando e medindo o desempenho global. É o momento em que os alunos mostram tudo o que conseguiram aprender e internalizar.


Relação Entre Avaliação Formativa e Sumativa

Ambos os tipos de avaliação são como peças de um quebra-cabeça educacional. A avaliação formativa prepara o terreno, ajudando a construir um conhecimento sólido que se reflete na avaliação sumativa. Juntas, formam um ciclo contínuo de aprendizagem e melhoria.


Tipos de Feedback e sua Importância na Avaliação Digital


Tipos de Feedback

Na era digital, o feedback pode ser imediato, automatizado, personalizado ou colaborativo, cada um com sua função especial. Pode surgir no ecrã num piscar de olhos, como uma resposta instantânea, ou ser uma análise detalhada e cuidadosa feita por um professor ou colegas. E ainda pode ser um trabalho em conjunto, onde todos contribuem para uma aprendizagem mais rica e profunda.


Importância do Feedback na Avaliação Digital

O feedback é uma força vital da aprendizagem digital. Ele guia, motiva e ilumina o caminho, ajudando os alunos a entender onde estão e para onde precisam ir. Na sala de aula digital, o feedback é a “faísca” que mantém a chama da aprendizagem viva, sempre pronta para iluminar o próximo passo.


Cumps,

Pedro Augusto






Em resposta a 'Primeiro tópico'

Re: Sala de Aula Virtual 1: Avaliação Digital

por Pedro Augusto - 
Boa tarde a tod@s,

Gostaria de trazer à discussão o tema sobre as atividades autênticas, como um aspeto importante a ter em conta em todo o processo de ensino, avaliação digital e os diversos tipos de feed.

Partilho um excerto de um post no meu blog:

"O ensino profissional é, por definição, orientado para a prática e para a preparação direta dos alunos para o mercado de trabalho. Nesse contexto, a avaliação autêntica, que visa conectar a aprendizagem com situações reais e relevantes, surge como uma ferramenta particularmente eficaz. Com base no documento "Avaliação digital autêntica: questões e desafios" de Isolina Oliveira e Alda Pereira, é possível explorar como os critérios de atividade autêntica são facilmente aplicáveis e já inerentes ao ensino profissional, além do potencial deste ensino para a implementação de um sistema híbrido de aprendizagem."

Convido todos a lerem, e darem o seu feedback.  Na minha opinião, este tema vêm abrir a discussão sobre a pergunta: "o que falta no nosso sistema de ensino?" ... à qual respondo ... autenticidade.

A juntar ao tema do Feedback, que é de extrema importância, na minha opinião, também falta autenticidade no sistema de ensino regular.  E eu digo isto como um professor cuja carreira foi quase totalmente no sistema profissional, e vejo "as coisas" noutro prisma.  

Sabem que ouço muitos empresários a dizer que: "os alunos terminam o 12º Ano sem saberem nada" ... também devem ouvir o mesmo, ... porque será que dizem isso ?  ... Julgo ser consequência da falta de autenticidade do nosso sistema de ensino, e é algo que devemos mudar.  

Nem todos os alunos irão ser Dr ou Eng, então porque não também "sobressair" as vocações para as outras profissões? Estaremos tão "rígidos" assim para  não potenciar as diferentes vocações?

Porque razão deve ser apenas o ensino profissional a descobrir tais vocações?

Sabem, aprendi que o paradigma ONLife tenta eliminar a distinção entre o offline e o online, entre o ambiente físico e o virtual ... não seria, também incluir, de abolir a distinção entre o formar para a universidade e o formar para o trabalho ... como era antes, nos anos 80/90 ??? Afinal nós somos o resultado "daquele" sistema e não saímos mal !!!

Cumps,
Pedro Augusto






Em resposta a 'Alexandra Reis'

Re: Sala de Aula Virtual 1: Avaliação Digital

por Pedro Augusto - 
Bom dia Alexandra,

De fato o feedback, na minha opinião, é crucial em qualquer forma de ensino, sendo mais necessário no ambiente digital, onde impera o "caos" de informação. Daí achar que o feedback é uma "ferramenta" que nós professores tamos que estar sempre a aperfeiçoar e a adaptar, em especial neste novo eco-sistema em mutação constante.

Cumps,
Pedro Augusto








Em resposta a 'Liliana Pinto'

Re: Sala de Aula Virtual 1: Avaliação Digital

por Pedro Augusto - 
Boas Liliana e colegas,

Nem mais, "como sei se estou a fazer bem?", ... até nós, aqui nesta pós-graduação, tivemos esta dúvida. Apenas com o feedback dos professores e das "notas" é que começamos a ter mais confiança nas nossas intervenções, ... claro que uns mais que outros, aí a experiência "nestas andanças" conta muito sorriso

Dito isto, em que pontos somos diferentes dos nossos alunos? ... Sim, maturidade, experiência de vida, etc... por isso, na minha opinião, qualquer tipo de "feed" é a componente mais "humana" a entrar em ação em todo o processo de ensino, desde "old-school" a "new-age", e é o que distingue um professor de vocação (estarão a criticar esta afirmação ???).

Muitas vezes devemos nos colocar na posição dos alunos, mesmo nos dias "menos bons", e pensar ... "uma palavra de incentivo agora calhava bem" ... ora aqui está algo que nenhuma IA faz !!!, Desculpem, FAZ sim, mas automatizada, e que eu saiba somos humanos e não robots.

Cumps,
Pedro Augusto








Em resposta a 'Liliana Pinto'

Re: Sala de Aula Virtual 1: Avaliação Digital

por Pedro Augusto - 
Boas colegas,

"água mole em pedra dura tanto bate até que fura" ... na maioria das situações é uma grande verdade, no contexto de incutir o espirito de aprendizagem nos alunos. O feedback, quando aplicado de forma personalizada, consegue fazer "milagres" ... eu já tive alunos que eram autênticos "mafiosos" e que ao perguntar "o que queres fazer da tua vida?" a resposta foi "Quero ser ladrão! ", com a maior convicção possível, ... ora alguns destes conseguiram sair daquele "poço" e são hoje em dia chefes de manutenção em fábricas. Ainda hoje de manhã, numa visita a um estágio, encontrei um antigo aluno meu que se enquadra neste quadro ... sabem o que ele me disse ? ... "Obrigado por insistir".

Confesso que é um orgulho imenso ouvir isto, ... e a importância do feedback reside aí, no fazer caso, no reconhecimento do valor (às vezes escondido) do aluno, no mostrar preocupação.

No entanto, infelizmente, são poucos os casos de sucesso do supracitado provérbio popular... julgo ser por haver uma falta de reconhecimento de vocações ... todos os pais querem que os filhos sejam doutores e engenheiros, no entanto, muitos irão dar mestres em carpintaria, em alvenaria, em torneamento, em ... a lista é longa, mas não têm os Dr ou os Eng à frente do nome. E assim se perde uma geração, na minha opinião.

Onde é implementado a avaliação autêntica? o potenciar das capacidades/vocação dos alunos ?






Em resposta a 'Luís Costa'

Re: Sala de Aula Virtual 1: Avaliação Digital

por Pedro Augusto - 
Boas Luis C.

"deve surgir de diversas formas pois terá diversas finalidades, numa sala de aula presencial ele pode ser conseguido com uma palavra ou olhar" ... SIM, muitas vezes basta um olhar !!!

Quando chegamos a este ponto ... o do olhar ... já estamos em "sintonia" com o aluno, é aquele ponto de "rebuçado" para o qual tanto trabalhamos !!!!  Que só acontece no presencial, daí a importância de manter sempre a base sólida e a complementar com todo o potencial do digital.

Cumps,
Pedro Augusto